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Programa
de desenvolvimento da Aquicultura no PR, tera apoio
da ONU
FAO ajuda o governo do Paraná a
desenvolver um amplo programa de incentivo à
aqüicultura sem agressões ao meio ambiente
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Desenvolvimento
da pesca no Paraná terá apoio da FAO
A Organização das Nações
Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO)
e o Governo do Paraná vão adotar um programa
conjunto na área de pesca no Estado para incentivar
o cultivo de pesca de água doce e de água salgada
por produtores e pescadores familiares. Para selar esse compromisso,
o representante da FAO no Brasil, José Tubino, esteve
nesta quarta-feira (16) com o governador Roberto Requião
e o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter
Bianchini, para discutir detalhes do programa denominado Programa
de Aqüicultura Familiar do Paraná.
O programa está sendo executado imediatamente após
a Secretaria do Meio Ambiente e Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) ratificar resolução conjunta que estabelece
normas e procedimentos para regularização ambiental
de tanques para produção de peixes de água
doce no Estado.
Com o apoio da FAO, o Paraná irá desenvolver
um amplo programa de incentivo à aqüicultura sem
agressões ao meio ambiente, disse o secretário
Bianchini. Segundo ele, a nova legislação simplifica
a legalização para a prática da piscicultura,
setor que tem um grande potencial no Paraná em função
da diversidade de lâminas d´água existentes
no Estado.
Bianchini destacou que o apoio será fundamental
para o incremento da maricultura, que é o cultivo de
espécies de água salgada no litoral paranaense.
E também a piscicultura no Interior do Estado,
acrescentou.
Segundo Tubino, da FAO, a instituição vai
compartilhar com o Paraná experiências internacionais
e trazer conhecimentos para enriquecer o conhecimento já
existente no Estado nessa área de pesca. O apoio da
FAO será fundamental na organização da
atividade, do mercado e da prática ambientalmente sustentável,
destacou o secretário.
A expectativa é que o Paraná aumente a produção
de pescados em 50% até 2011, prevê o engenheiro
de pesca da Emater, Luiz de Souza Viana. A produção
atual de pescados do Estado é de 20 mil toneladas por
ano. Viana acredita que o impulso previsto à piscicultura
irá ocorrer principalmente com o retorno dos viveiros
que estão desativados por conta da legislação
ambiental.
Para o presidente da Associação de Pescadores
do Sudoeste do Paraná, Edelar Comparim, o importante
da regularização da atividade será o
acesso ao crédito para financiar os equipamentos que
os pescadores e produtores precisam.
PROJETO O Programa de Aqüicultura Familiar
do Paraná foi apresentado pelo representante da FAO,
José Roberto Borghetti, que recebeu sugestões
de representantes da cadeia produtiva da pesca e dos órgãos
de governo que participarão do empreendimento como
Itaipu, Universidade Federal do Paraná, Fundação
Terra, Instituto do Meio Ambiente e Emater, entre outros.
O programa prevê investimentos na pesquisa e extensão,
com o envolvimento das universidades públicas na transferência
de tecnologia e de conhecimentos adaptados à realidade
de cada região. Também prevê articular
o apoio com a Secretaria Especial da Pesca, vinculada a Presidência
da República, e os Ministérios do Desenvolvimento
Agrário e do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome para inclusão dos agricultores e pescadores familiares
na atividade. Essa articulação envolve a negociação
de crédito para financiar os produtores e o fomento
ao associativismo e formação de cooperativas.
O programa reserva uma atenção especial
com a comercialização da produção
e a conquista de novos mercados e consumidores para viabilizar
economicamente os agentes da cadeia produtiva. Isso envolve
a implementação de ações concretas
voltadas ao aumento da competitividade dos derivados de pescados
como redução da carga tributária, melhoria
de logística de distribuição e da infra-estrutura
existente.
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